Análise da Qualidade do Ar Interior - IAQ / QAI



As exigências da sociedade moderna e globalizada passam necessariamente pela qualidade do ar interno dos prédios de uso coletivo, principalmente aqueles servidos por um sistema central de ar condicionado. Atento, o Ministério da Saúde elaborou uma Portaria estabelecendo cuidados especiais, que os administradores de prédios de uso público devem buscar e as firmas mantenedoras do sistema de ar condicionado devem executar.

A qualidade do ar interno dos edifícios passa pelo controle do nível de sujidade das fontes contaminantes nos componentes do sistema de ar condicionado. Os problemas mais comuns decorrentes da poluição e a exposição a poluentes internos são os agentes microbiológicos alergênicos e os agentes químicos em baixa concentração. É necessário deixar as instalações em condições favoráveis à manutenção de forma a permitir a remoção de sujidade por métodos físicos.

Na procura por soluções, os gerentes de serviços descobriram uma tecnologia usada internacionalmente que utiliza robôs para prospecção e limpeza nos dutos de ar condicionado. Sua utilização em parte do sistema não garante a qualidade do ar interno. Todos os componentes do sistema de ar condicionado devem estar em condições adequadas de limpeza, visando à prevenção de riscos à saúde dos usuários do sistema.

Entre os componentes do sistema que carecem de tratamento adequado à nova realidade, podemos relacionar os condicionadores, ventiladores, umidificadores, serpentinas, bandejas de condensação, filtros, isolamentos termo-acústicos, forros quando o ar de retorno via plenum, casa de máquinas, etc.
Os serviços necessários nos sistemas centrais de ar condicionado são:

01) RECUPERAÇÃO DOS  CONDICIONADORES  DE  AR
02) LONAS DE INTERLIGAÇÃO
03) LIMPEZA DO FORRO DE RETORNO
04) ISOLAMENTO TERMO-ACÚSTICO DAS CASAS DOS CONDICIONADORES
05) LIMPEZA DOS DUTOS
06) SUBSTITUIÇÃO DOS DUTOS FLEXÍVEIS
07) INSTALAÇÃO DE FILTROS COM MANTA ANTIMICROBIANA
08) INSTALAÇÃO DE FILTROS NA TOMADA DE AR EXTERIOR
09) BALANCEAMENTO DO SISTEMA
10) ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DO AR E DA ÁGUA

Os sistemas de condicionamento de ar têm por objetivo garantir conforto e salubridade para os ambientes internos da edificação que atende. Os elementos que causam mau estar, fadiga, doenças nos indivíduos presentes em um ambiente provêm de várias fontes, que de modo geral podem ser divididas em três grandes grupos: contaminantes químicos, biológicos (microrganismos) e fatores físicos.

É importante salientar que o sistema de ar condicionado, muitas vezes indicado como sendo o culpado pelos problemas de contaminação, não possui por si próprio capacidade de gerar contaminantes químicos ou biológicos. Pelo contrário, um sistema de ar condicionado, quando corretamente projetado, instalado e com manutenção adequada atua colaborando na diluição e/ou remoção destes elementos prejudiciais cuja origem está no próprio ambiente.
Cabe salientar que esta obra vem tornando-se modelo de soluções e primazia na evolução tecnológica, tendo em vista a quantidade de órgãos e entidades que o aplicam.

Com o apoio de especialistas da área os técnicos do Ministério prepararam um Edital tendo como objeto todo o sistema.

Concluído estes serviços a manutenção poderá implantar completamente o PMOC - Plano de Manutenção, Operação e Controle, garantido a  todos os usuários padrão de qualidade no ar interno.

JUSTIFICATIVA TÉCNICA - IAQ

O homem é dependente do ar para sustentar sua vida, sendo que variações significantes na porcentagem da composição dos constituintes normais pode torná-lo impróprio para o seu uso. Além disso, a presença de outros materiais estranhos que podem ser classificados como contaminantes podem também transformá-lo em impróprio.

O ar é uma mistura de vários gases. O ar normal consiste de aproximadamente 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio, 1% de argônio e 0.03% de dióxido de carbono.

Além dos gases acima, encontram-se no ar pequenas porcentagens de outros, incluindo: hidrogênio, néon, criptônio, hélio, ozônio, e xenônio, bem como quantidades variárias de vapor de água e pequena quantidade de materiais sólidos denominada de impurezas atmosféricas permanentes. As partículas sólidas e líquidas são genericamente denominadas de aerossóis.

Em espaços restritos, as funções normais de respiração do homem podem de forma similar reduzir o conteúdo do oxigênio, aumentando consequentemente o dióxido de carbono.

Sob pressão atmosférica normal, concentrações de oxigênio menores que 12% ou de dióxido de carbono maiores que 5% são perigosas ainda que por curtos períodos.

As concentrações no ar podem apresentar variações consideráveis, porém normalmente serão menores que as concentrações causadas pela atividades humana.

Os contaminantes originários da atividade humana são vários e variáveis.

Processos como combustão, processos industriais, reformas, construção e agricultura, todos eles são geradores de grandes quantidades de contaminantes.

Dentre os contaminantes do interior do edifício podemos relacionar:
  • Concentração de formaldeído liberado por móveis, divisórias, carpetes;
  • Compostos voláteis orgânicos;
  • Agentes de limpeza;
  • Tabagismo;
  • Plantas, terra onde estão plantadas, água nos vasos;
  • Ozônio resultante de motores elétricos, copiadoras;
  • Contaminação transportada para dentro do ambiente por pessoas, em suas roupas, objetos, etc.

Posto isso, é fundamental para a saúde dos usuários dos edifícios deste órgão a contratação de uma empresa de engenharia especializada em qualidade do ar interno para execução de atividades mensais de diagnóstico, acompanhamento das tarefas próprias e de terceiros que podem prejudicar a qualidade do ar e emissão do respectivo relatório orientando ao órgão das providências cabíveis.

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